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sexta-feira, 4 de março de 2011

Cool Hunter - Caçador de Tendência



Caçar tendências. Detectar o que as pessoas vão querer antes de todo mundo imaginar. Essa é a premissa básica para ser um cool hunter. Para isso, é preciso informação (não muita, mas a informação certa), pesquisa, e um certo dom para adivinhação.

Antigamente as empresas recorriam às agências de publicidade e marketing para essa função. Mas como hoje em dia tudo está cada vez mais especializado, foi preciso um profissional designado só para essa função.

E que função é essa? Ir às ruas, bares, clubs, se infiltrar no lifestyle dos jovens e intuir se um produto que uma grande empresa irá lançar dará certo. Tem como função também, informar às empresas como despertar o desejo daquele público e que tipo de estratégia de marketing vai “pegar” o mercado de vez. A Apple, por exemplo, antes de lançar um produto, manda amostras para blogueiros influentes para testar seus produtos. Isso mostra que o tipo de marketing está mudando, mas já é uma outra conversa.

Enfim, ele tem que saber se um produto será atraente daqui a 5 anos, com base em pesquisas e sabendo de todas as novas tecnologias e manias que surgirão no mercado. Um cool hunter tem que sempre estar à frente de seu tempo.

É uma profissão nova, no Brasil se tem notícia de alguns poucos profissionais em Porto Alegre em São Paulo. Ainda não se tem quase nada publicado na mídia, por ser um assunto tão novo. Na Europa já existem agências, profissionais e cursos para isso.

“O cool hunter é, acima de tudo, uma pessoa bem informada, atenta, curiosa e sensível, capaz de raciocinar de forma não linear e com base em informações desestruturadas. Recomendo a leitura do livro Reconhecimento de Padrões (Willian Gibson), cuja protagonista, Cayce Pollard, exerce essa nobre profissão.” diz Flávio Ferrari, diretor exexutivo do IBOPE.

* O site trendguide.com foi lançado em 1998 e tem chats e infos para quem quer se jogar nessa profissão.

* Leia um pouco sobre o livro Reconhecimento de Padrões.



Reconhecimento de Padrões (Pattern Recognition) é o mais recente livro de William Gibson. O livro apresenta uma evolução temática do autor, conhecido como um dos pais do cyberpunk e da ficção científica contemporânea, no abandono da fantasia e aproximação do real. Esqueçam as viagens interplanetárias. A grande viagem agora é intro e essa realidade paralela (virtual) é totalmente mediada. Turn on, jack in, drop out.

Cayce Pollard é uma "cool hunter", consultora de publicidade que tem por objetivo andar pelas ruas e detectar o "cool" que vem delas, as novas tendências em moda, linguagem, costumes que surgem das ruas e da cultura marginal com objetivo de sistematizá-las e informar aos publicitários o que está pegando. Ela também tem uma sensibilidade especial no que tange às marcas. É alérgica a marcas globais e tem o "poder" de definir se uma marca vai pegar ou não. A situação muda de figura quando ela é contratada para descobrir e achar o autor de uma série de vídeos underground que surgem na internet, que é visto pelo seu contratante Bigend (um jovem publicitário mega hypado) como "the next big thing" e como uma excelente estratégia de divulgação ao se tornar objeto de culto internético mundo afora.

Londres, Tóquio, Moscou. Estilo impressionista, narrativa proustiana. Gibson pincela sua visão do mundo contemporâneo e cria uma série de coadjuvantes e ações que apresentam uma visão crua, porém fantástica de uma cultura que se transformou em commodity, onde as marcas, a publicidade e a comerciabilidade de idéias e pessoas se tornou moeda corrente. Um mundo reificado e transformado em logotipo que sufoca a protagonista.

As ações laterais são mais interessantes do que as ações verticais. Os pequenos personagens, como o pai perdido no 11 de setembro, o artista tecnológico que pretende fazer uma instalação com Spectruns ZX81(TK 80 para nós brasileiros) em rede, a designer de chapéus que recebe cachê para fazer publicidade boca a boca na noite de Londres, o ex-espião que mora num trailer park, o diretor de publicidade que vai fazer documentário e sua bimbo russa, as amizades virtuais que raramente se concretizam, os plutocratas russos e um parceiro ex-dotcommer. Todos eles são ingredientes do caldo em Reconhecimento de Padrões.

Reconhecimento de Padrões é uma das raras traduções do Gibson para a língua portuguesa no Brasil. Neuromancer e Idoru já foram publicados por aqui. Gibson costuma escrever trilogias, vamos esperar para ver se vem mais dois por aí.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Impacto das Doações no Resultado do PIB Brasileiro


Hoje, após ver os resultados dos dados preliminares da equipe econômica os números indicam que o Brasil ultrapassou a França e o Reino Unido com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% em 2010, informou nesta quinta-feira (3) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com isso, a economia brasileira teria sido alçada à posição de sétima maior do mundo, afirmou ele.

Segundo o ministro, considerando o PIB a preços de Paridade de Poder de Compra (PPP), em uma conta ainda não oficial, a economia teria chegado ao patamar de US$ 2,18 trilhões, ou R$ 3,6 trilhões. "Se nós, de fato, alcançamos US$ 2,1 trilhões, teremos superado a França e o Reino Unido no PIB, chegando ao sétimo lugar".
Nas minhas pesquisas recentes tinha uma curiosidade muito grande em saber o impacto das doações feitas pelas empresas e voluntários no PIB Brasileiro. Se tivermos esses indicadores poderemos promover o incentivo maior após tangibilizar tudo que fazemos!

Acompanho grandes empresas sempre fazendo doações importantes e pequenas empresas doando o seu potencial. Se todos ajudarem, o país melhora. Podemos ajudar mais, como mostra parte do documento produzido com o apoio do Social Sector Office da McKinsey. Foi realizado um estudo de filantropia para avaliar a posição do País com relação ao tema, analisar os hábitos de doação e possíveis barreiras, e determinar como atingir um cenário de filantropia que adote as melhores práticas.

Aqui, um pedacinho do trabalho!

Em termos gerais, o setor social brasileiro demonstrou progresso significativo na última década. Apesar de não haver números atualizados sobre os níveis de investimento social, os dados existentes indicam que as contribuições aumentaram desde o último estudo mais abrangente, realizado em 1995. Nessa época, os níveis de doação no Brasil não ultrapassavam 0,3% do PIB – índice inferior aos padrões internacionais (0,8% do PIB) e também à média na América Latina. Apesar dos níveis de doação no Brasil terem aumentado na última década, as melhores estimativas e a crença geral apontam para um claro potencial para dobrar, triplicar ou até quadruplicar os níveis de doações futuras.

Para realizar seu potencial e aumentar a participação dos diferentes segmentos de doadores, o Brasil deve superar uma série de desafios, principalmente em infra-estrutura do setor, para facilitar fluxos eficazes de investimento (hoje existe uma “falha de mercado” entre doadores e beneficiários), e em aspectos culturais (atualmente, há pouca discussão acerca da efetividade dos investimentos sociais, em todos os segmentos). Além disso, as Organizações Não Governamentais (OSCs) possuem habilidades limitadas no que tange à captação e gestão de recursos.

Após analisar o setor e compará-lo com outros países, identificamos seis temas estratégicos a serem almejados pelas partes envolvidas:

• Aumento real da colaboração de empresas e HNWIs, com foco na efetividade do investimento social;

• Criação de mecanismos para aumentar a conscientização e a participação de indivíduos em geral, incluindo o uso de benefícios fiscais não explorados;

• Melhoria das áreas de infra-estrutura, tais como provedores de informação (information brokers) e avaliação de beneficiários e veículos de doação (por exemplo, donor-advised funds);

• Desenvolvimento de um programa de capacitação robusto e de amplo alcance para beneficiários (OSCs);

• Simplificação e ampliação dos incentivos fiscais;

• Estímulo ao entendimento do potencial dos investimentos no setor social, bem como de mudanças culturais positivas para garantir a eficácia da atividade filantrópica na sociedade brasileira

O mundo realmente precisa de ajuda, ainda hoje fiquei mais comovida com o tremor e tsunami no Japão..... Todos precisam se mobilizar!

Até a próxima!
Erica Bamberg